Sou a Filha da Deusa

Minha foto
Curitiba, Paraná, Brazil
Formaçao em psicologia e pós graduação em Educação Infantil. Casada e muito feliz. Mãe dois lindos filhos. Interessada em Magia e Meditação.

domingo, 25 de maio de 2008

E agora como lidar com a solidão

Separação - Enfrentando a solidão
Quando passamos por um momento de perda pelo fato de ter havido uma separação, o mais indicado para uma recuperação é a consciência do que ocorreu e do que está sentindo.
É um momento marcado por muita confusão, dúvidas, com a única certeza do desejo de querer paz e ser valorizada por tudo aquilo que se tem de melhor. Conseguir examinar a relação passada com objetividade, serenidade não é uma tarefa simples, principalmente para quem não está
acostumada a refletir e analisar suas próprias emoções e sentimentos.
Mas é o caminho que poderá aumentar a consciência de si, dos próprios limites e evitar buscar culpados.
É preciso analisar com o maior distanciamento possível a relação passada e avaliar os fatores que influenciaram essa decisão. Compreender o passado, tudo que ocorreu. Lembrar de fatos e o que levou cada um a tomar as atitudes que foram tomadas e analisar, principalmente, em que ponto seu próprio crescimento foi interrompido.
“Avaliar o que realmente aconteceu na relação que não deu certo. A única maneira de ter outra mais equilibrada”.
Algumas pessoas se separam com muita certeza do que querem. Mas, outras, no entanto, fazem por pura impulsividade, num momento de nervoso, e muitas vezes apenas com o intuito de fazer o outro levar um susto, sem pensar muito em como irão se sentir com essa decisão. Quando percebem já estão separadas e com muita dor.
Umas das características da separação é deparar-se com a solidão.
Mesmo com os filhos, há a solidão de estar sozinha com os próprios sentimentos, medos e tudo mais que a separação provoca.

Esse é um dos motivos que podem fazer uma pessoa envolver-se com outra: o medo de ficar só.
O mais aconselhável é dar um tempo para si mesma, pois só estará efetivamente aberta para uma nova relação a dois quando for capaz de enfrentar a vida sozinha, a menos que já tenha a certeza de que a relação passada não deixou nenhum vestígio, o que raramente acontece.
Envolvendo-se muito rápido num novo relacionamento corre-se o risco de levar consigo todos os comportamentos negativos da relação passada. É como se a falta de vínculo criasse um vazio enorme, onde a vida parece sem sentido e nada vale a pena, sentindo que só voltará a viver se tiver outro relacionamento.

O sentimento de solidão, na maioria das vezes, provoca muita angústia e traz um forte sentimento de auto-depreciação e insegurança, com pensamentos freqüentes de que nada vale, e que ninguém a ama.
A característica da solidão ainda consiste em nunca ter prazer em ficar só consigo mesma. Como ficar com alguém que é tão má, constantemente abandonada? Por isso, tende a fugir desses sentimentos tão devastadores. Ao invés de eliminar a angústia, alimenta-a ainda mais.
É preciso ter consciência de que nada adianta manter esses pensamentos de si mesma. Com certeza eles não refletem a realidade.
E tentar não se trancar em casa e se fechar, deixando que o desespero e as lágrimas tomem conta. Como, também, não irá melhorar ficar sem comer, ou comer em excesso, ou ocupar-se com a vida de outras pessoas. Tudo isso só irá agravar esse momento tão delicado.
“Posso fugir de tudo, menos de mim mesma e do que estou sentindo”.

Essa fuga de nada adiante pelo simples fato de que se pode fugir de tudo, menos de mim mesma e do que estou sentindo. É claro que nem todas as pessoas se dão conta de que estão fugindo, pois justificam para si próprias a necessidade de agirem de tal forma.

É essencial se convencer de que ficar sozinha pode ter muitas qualidades importantes, como permitir a introspecção, a reflexão dos fatos e, principalmente, um maior encontro com seu verdadeiro eu.
Viver sozinha não significa necessariamente sentir-se só.
Afinal, quantas vezes me senti sozinha mesmo quando estava com meu ex-companheiro? Ou com amigos e familiares?
Não confunda a solidão física com a emocional. Só se sente só quem abandona a si mesma. A solidão nasce dentro da própria pessoa quando ela perde o contato com seu eu interior ou quando procura fugir de um problema, sentimento ou pensamento que a incomoda.
Penso quantas vezes deixei de fazer algo porque meu ex não gostava ou por falta de tempo?
No começo, essa disponibilidade de tempo pode assustar e fazer com que se sinta imobilizada. Mas, passado o período de adaptação, poderá descobrir inúmeras coisas que poderá fazer por si mesma.
Ao se separar irá ter muito mais tempo para fazer o que gosta e que nem se lembra mais.
Por que não visitar uns amigos, ler aqueles livros que comprou e sequer os abriu, dedicar-se a um hobby, fazer um trabalho voluntário? São pequenas coisas que poderão aos poucos lhe trazer de novo o prazer de viver.
De fato, os momentos de saudade e tristeza pelas lembranças do passado são inevitáveis. Mas é importante vivê-los consciente de todo o aprendizado e dar ao passado o direito de existir, sem que para isso precise te destruir. Ninguém pode evitar a sensação de abandono e a falta de quem se foi em sua vida. Mas, também, ninguém pode te privar de que sinta uma força interior que aos poucos irá adquirir ao se permitir estar em paz consigo mesma.
Vou tentar sobreviver....

terça-feira, 13 de maio de 2008

separação o dor danada

Para quem ainda ama, requer muito esforço voltar a sentir prazer pela vida. Afinal, que vida, se sentimos que quem foi levou um pedaço de nós? Dizem que o tempo é o melhor remédio, mas o tempo parece se intensificar e prolongar ainda mais o que tanto dói.
Hoje, sequer existem amigos para dividir esse momento e, muitas vezes, não há família, ou seja, não há ninguém com quem dividir a tristeza, a saudade, com quem falar das dúvidas e perguntas sem fim. Não há quem suporte ao nosso lado e preencha esse vazio tão intenso deixado por quem se foi e por tudo que se acreditou.
É exatamente isso que dá a sensação de vazio, os planos feitos, os sonhos que jamais serão realizados, ao menos com quem se acreditou que seriam. Tudo isso acabou! Acabou o “nós” e é preciso de novo voltar a dizer “eu”. Não há mais a “nossa” casa e sim, a “minha”. Não há mais as ligações diárias, os jantares a dois, os momentos de prazer, as preocupações divididas. Tudo agora terá que ser feito só.
A certeza de ter alguém que nos espere, que se preocupe, que nos ame, nos dá muitas vezes a segurança para continuar mais um dia e, que, de repente, não sentimos mais. Ficamos inseguras, frágeis, sensíveis e apenas com uma certeza: não somos amadas como esperávamos ser. E isso acaba por se refletir em todas as outras áreas de nossa vida, comprometendo nossa concentração, criatividade, o trabalho e até a própria saúde.
“Confronte os sentimentos que mais doem dentro de você. Este é o caminho para buscar força interior que é o que precisa nesse momento.”

A tendência nesse momento é lembrar apenas de tudo que havia de bom, dos momentos de alegria. Mas será que era mesmo assim? Se fosse, haveria a separação? É preciso analisar todo o relacionamento para identificar o que era desejo, idealização e o que era realidade. A outra pessoa estava correspondendo aquilo que você esperava dela?
Será que nos últimos meses tudo era mesmo feito junto e com satisfação para ambos? Quem acabava sempre cedendo para agradar apenas ao outro? Quanto será que você não relevou, deixou para lá, não esperou que o outro mudasse? Quais eram os motivos dos desentendimentos, discussões e brigas? Os objetivos de cada um continuavam a ser os mesmos? Os valores também?
Existiam demonstrações constantes de amor? Os dois se sentiam amados e valorizados? O que levou ao distanciamento? Havia diálogo, trocas constante de carinho, cuidado com o outro? Ou será que as palavras de carinho começaram a dar lugar a ofensas e mágoas? Algumas palavras ditas ferem como arma afiada que penetram no mais íntimo de nosso ser, provocando feridas invisíveis, mas que dificilmente cicatrizam. Como e quando as coisas mudaram? Por que não se conseguiu evitar a separação?
Eu após 30 dias de separação comecei a juntar meus cacos.

Acompanhe minhas postagens